Lea esse artigo e saiba quais são as vantagens e desvantagens da escola bilíngue.

Afinal, o que é o ensino bilíngue?

Nos últimos tempos, vimos um grande aumento das escolas bilíngues. As escolas bilíngues ou educação bilíngue, entretanto, não surgiram recentemente. Sendo que a primeira escola que colocou a língua inglesa como matéria surgiu em 1838. Porém, antes dessa, já existiam outras escolas que ensinavam, além do português, a linguagem de libras.

Para entender melhor o aumento de escolas bilíngues no Brasil, é importante entender qual é o seu conceito. A educação bilíngue é aquela em que a grade curricular é dividida em dois idiomas. E o bilinguismo é a habilidade de uma pessoa se comunicar claramente em duas línguas. De acordo com Flávia Queiroz Hoexter, “O desenvolvimento do bilinguismo no Brasil é resultado direto de uma maior demanda mercadológica, que em grande parte se deve à pressão exercida por pais de alunos de escolas regulares. ”

O ensino bilíngue no currículo na escola regular.

De acordo com uma pesquisa recente feita pelo British Council apenas 1% da população brasileira fala Inglês fluentemente e 5% afirma saber muito pouco. Com a globalização, o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a mídia, a internet, etc, a procura por uma educação que não só ensinasse inglês nas competências básicas, mas também de forma integrada, aumentou muito nos últimos anos. Desse modo, houve um ‘boom’ de escolas bilíngues.

Nesse aspecto, é preciso haver uma movimentação geral da escola regular para contratar professores capacitados, montar uma grade curricular que englobe a língua estrangeira com outros aspectos do conhecimento e inserir o aluno em atividades que possibilitem a expansão do idioma.

Na escola bilíngue o aluno terá maior contato com a língua estrangeira. Sendo possível colocá-la em prática em vários outros aspectos do aprendizado uma vez que o ensino é conjunto. A vivência da segunda língua se torna intensa, com diferentes programas e atividades.

Os desafios do ensino bilíngue.

Porém, nem tudo é tão fácil quanto parece. A educação bilíngue encontra obstáculos que vão além de achar professores proficientes. Muitas escolas monolíngues que decidiram adotar o modelo bilíngue do dia para a noite encontraram desafios: como, por exemplo, a sobrecarga tanto para alunos como para professores.

No aprendizado de um segundo idioma existem níveis de conhecimento e faixas etárias a serem respeitadas. Desse modo, não é aconselhável colocar uma criança de 10 anos para ter o mesmo conteúdo de um adulto de 30. Além disso, o ensino integrado do inglês com outras matérias pode criar uma defasagem no aprendizado se a criança não tiver um bom entendimento dos vários conteúdos.

Muitas vezes o que acontece é que a escola cobra um nível de Inglês (ou do outro idioma) muito acima do que a criança consegue absorver, e os pais se veem obrigados a procurar reforços, aulas particulares ou uma escola de idiomas.

Contudo, no último caso, o que acontece é que o curso extra não funciona como um reforço. A grande parte das escolas de idioma possuem uma metodologia própria, que ensina a língua em estágios de uma maneira que o aluno não fica com lacunas de aprendizado no futuro.

Escola de idioma ou bilíngue?

Portanto, não adianta colocar a criança numa escola bilíngue e num curso de inglês esperando que ele atue como um reforço para a escola regular. O curso extra vai auxiliar e a longo prazo ajudar o aluno a compreender melhor a língua alvo, mas ele não é um derivado da escola tradicional. Então, na hora de escolher um curso extra para seu filho, converse sobre a metodologia, expectativas, prazos, material, etc. A escola de idiomas normalmente se divide em níveis de conhecimento, em objetivos, competências, e tem aulas personalizadas para os alunos.

Conclusão

Sendo assim, entre um curso de idioma ou uma educação bilíngue, tenha em mente em qual dos dois a criança terá um maior aproveitamento. Veja se a escola está preparada para fazer essa imersão da língua inglesa com as outras matérias, se os professores são capacitados para tal, e principalmente se não haverá uma sobrecarga nas tarefas.

Faça a escolha analisando as necessidades da criança, já que essa nova geração está cada vez mais conectada com o mundo globalizado e competitivo.

Já foi comprovado que falar dois idiomas ajuda no raciocínio, memória, percepção, na atenção, concentração, criatividade, etc…

Desse modo, o aprendizado do segundo idioma é essencial no mundo de hoje. Por isso, na hora de decidir o melhor método para atender suas necessidades é preciso estudar as vantagens e desvantagens dos diferentes modelos de ensino e qual terá melhores resultados a longo prazo.

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