As mulheres aprendem mesmo um idioma mais facilmente?
É comum ouvirmos a frase “os homens são de marte e as mulheres são de vênus”, certo? Essa diferença está também na aprendizagem de idiomas. Mas será que mulheres aprendem mesmo um idioma mais facilmente? Será que elas têm algum dom que os homens não têm? Será que é por que eles têm inteligências diferentes (clique aqui para saber mais)? Ou será esse só mais um estereótipo de gênero? Enfim, qual seria a explicação para essa teoria?
Sem guerra dos sexos
Sabemos que não se deve reduzir as capacidades dos seres humanos ao seu gênero. Todo mundo pode aprender um idioma, cada um com seu perfil. Sendo assim, não queremos reforçar a briga entre homens e mulheres. Nossa intenção é de apenas informar e motivar mais mulheres a começarem a estudar.
Relação antiga
A impressão de que mulheres aprendem mais facilmente teve início em um passado não tão distante. No século XIX, apenas a elite tinha acesso à escola. Sendo assim, aprender idiomas era útil para mulheres da alta sociedade. Acreditava-se que isso poderia ajudá-las a desenvolver o raciocínio e cultivar a inteligência. Portanto, elas estudavam línguas como italiano e inglês todos os dias.
Por terem habilidade com as línguas, era comum que as mulheres se tornassem tradutoras. Entretanto, as mudanças econômicas globais foram transformando a profissão ao longo dos anos. Então, elas começaram a aprender línguas como o árabe ou o mandarim, que se tornou o o idioma mais falada do mundo. Mais do que o senso comum, essas são evidências históricas da relação das mulheres com os idiomas.
A voz da ciência
Diversas pesquisas sobre o tema tentaram explicar esse fenômeno de um ponto de vista social. Uma possível explicação é que mulheres usam métodos de aprendizagem mais variados. Por isso, elas têm mais facilidade em adquirir mais habilidades linguísticas. Além disso, de acordo com o “Journal of Applied Linguistics” do Canadá elas se sentem mais motivadas ao estudar idiomas.
Outro dado importante coletado por sites especializados é o de que as mulheres tendem mais a conversar com os falantes nativos. Linguistas também observaram que alunas aplicam as suas habilidades de conversação enquanto estão aprendendo, confirmando que elas estabelecem conexões através da fala.
Por fim, pesquisas feitas em vários países mostram que as meninas buscam cursos de idiomas estrangeiros, mesmo que a disciplina não seja um requisito escolar. Elas representam cerca 70% dos alunos de cursos de idiomas e das disciplinas relacionadas às línguas nas universidades.
As mulheres aprendem mesmo um idioma mais facilmente? O que diz o cérebro
Tais pesquisas não explicavam a questão biológica da diferença de aprendizagem. Entretanto, estudos feitos na Northwestern University provaram que o cérebro feminino e o masculino são diferentes ao processarem a linguagem. Elas concluíram que as áreas que decifram as mensagens mais abstratas são mais ativas no cérebro feminino. Enquanto isso, os dos meninos se mostraram mais ativos em regiões ligadas às funções visuais e auditivas.
Usando ressonância magnética, a pesquisa monitorou 31 meninos e 31 meninas com idades entre 9 e 15 anos. Enquanto duas palavras eram mostradas ou faladas ao mesmo tempo, eles precisavam dizer se elas tinham a pronúncia semelhante ou diferente. Em conclusão, o estudo observou uma maior atividade nas áreas relacionadas à língua no cérebro das meninas do que nas dos meninos. Para elas não importava se elas liam ou ouviam a palavra. Já para eles sim.
A descoberta sugere que as meninas captaram as informações de uma forma mais abstrata, o que é importante para a aprendizagem. Como o estudo foi feito com crianças, a ideia agora é avaliar se esses dados mudam de acordo com a idade.
Se o que falta pra você começar a estudar é um empurrãozinho, a ciência está te dando um motivo e tanto pra começar logo o seu curso!
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